Com base no porte do escritório é possível qualificar os indicadores que irão quantificar a sua atividade, como indicadores de desempenho. Por meio dos indicadores conseguimos dimensionar a quantidade de processos, a satisfação dos clientes, o retorno financeiro e se a qualidade de aprendizado e inovação da equipe está qualificada. Com isso, a equipe fica qualificada e preparada para desenvolver o trabalho, com um plano de implementação do qual possa ser gerenciado.
A fim de alcançar um bom planejamento, os sócios devem dimensionar a necessidade de cada departamento (pessoas, produção, marketing jurídico e finanças), pois com isso será possível verificar o quanto podemos atribuir para cada pilar, tanto no cumprimento de metas quanto na proteção. Doravante, senão houver o devido planejamento, os pilares podem não ter o respectivo investimento e, pode acabar proporcionando dificuldades no capital do escritório, na produção da equipe e na qualificação das pessoas, bem como pode tirar do encadeamento de pilares, o marketing jurídico.
Basear-se no cumprimento dessa meta de gestão, é indispensável um novo sistema, no qual os gestores condutores das atividades de cada área – financeira, planejamento e jurídica – definam um processo com a estrutura correspondente ao planejamento, gerando segurança e sucesso nas decisões.
Vale ressaltar que a análise do planejamento estratégico é diária, a qual precede de um acompanhamento específico, buscando-se uma constante melhoria nos projetos que estão sendo concretizados.
Pois bem, empreender não é uma tarefa simples, ainda mais quando os fatores externos como a econômica interferem diretamente no negócio. Antigamente, a advocacia conseguia sobreviver e progredir sem um plano de ação, pois o sistema da época não exigia uma advocacia abrangente. Hoje, vivemos contra o tempo e para garantir uma boa performance é necessário agilidade, precisão, qualificação e muita determinação.
A concorrência é grande e uma decisão errada, pode mudar tudo. Afinal, já estamos tão conectados com o mundo da tecnologia, que os empresários exigem de nós uma eficácia na resolução dos conflitos. Portanto, é o nosso dever manter toda a gestão alinhada de uma excelente qualificação empreendedora. Bom, nos dias de hoje, a qualificação é um fator imprescindível para diferenciar os profissionais.
Diante da nova proposta de mercado, e infelizmente, a advocacia atual exige muito mais do que ser qualificado apenas para uma simples advocacia. Os escritórios de advocacia foram diretamente atingidos, aumentando a concorrência, gerando uma certa instabilidade econômica nas receitas das bancas e uma grande dificuldade no controle da demanda. E o profissional precisa conhecer das novas técnicas, para que assim possa ser qualificado perante o mercado sendo um profissional sui generis.
A Tecnologia cria uma resistência nos profissionais, pois traz ao cotidiano algo que é contrário ao objetivo da maioria, que é a instabilidade, principalmente quando o assunto é método (técnicas) e sistema. Deste modo, o advogado preocupado em progredir tem de viver em constante aperfeiçoamento, pois uma advocacia de alto padrão nos dias de hoje não é somente jurisprudências e doutrinas, mas também uma boa e estimada administração.
O uso de robôs e outras plataformas podem agregar na qualificação do advogado e agilizar muita coisa, mas, é impossível acabar com a advocacia, pois robôs reproduzem ideias e enquanto nós advogados, criamos e modificamos conceitos. O advogado integrado às novas modificações saberá enquadrar isso, e assim, as novas atividades serão direcionadas aos comandos determinados pelo advogado. Por exemplo, o robô não saberá a estratégia adequada a ser feita sem que proporcione a ele as diretrizes mínimas a serem seguidas, já o advogado tem sempre em mente um ponto inicial.
Com isso, a advocacia dependerá muito do interesse do advogado de hoje se qualificar para o futuro próximo que nos cerceia. Afinal, a tecnologia está diretamente atrelada à tomada de decisão do advogado.
As informações tecnológicas ganharam significado e espaço na viabilização de decisões jurídicas mais precisas. O gestor diante deste panorama, tem a responsabilidade sob a tomada de decisão. Uma vez que, com indicadores quantitativos e qualitativos advindos de softwares, as ideias se tornam mais encadeadas e a tomada de decisão se torna mais sólida, rápida e embasada. E, paralelamente, a tecnologia pode proporcionar a atualização de dados em tempo real, mesmo que muitos destes sejam atualizados manualmente, mas, com toda certeza, isso contribui diretamente para nova advocacia.
A garantia será proporcionada através da gestão, tanto sócios quanto a equipe tem que compreender que o planejamento é fundamental. A manutenção dos clientes ativos pode ser gerida juntamente com o controle, quantificando a demanda, para que assim possa conseguir apresentar dados atualizados mensalmente à equipe de gestão, a qual saberá como tomar uma decisão.
Com essa postura torna-se possível dimensionar a sustentabilidade do escritório e de seu crescimento. Logo sem esse controle, o contrato provavelmente será arquivado, impossibilitando a equipe de dimensionar os efeitos disso na demanda.
O primeiro questionamento será a seguinte: devo contratar um advogado ou um estagiário? Sem a quantificação desses dados, é impossível concluir esse questionamento.
A Gestão Legal dominou rapidamente o mercado, de modo que muitos profissionais não entendem a dimensão do planejamento estratégico, organizacional e financeiro. Os impactos diários são perceptíveis, como a impossibilidade do cumprimento de prazos antecipado, o retorno imediato ao cliente, a dificuldade no retorno financeiro dos contratos. Aliás, a dificuldade em precificar os honorários continua presente no dia a dia do advogado.
E mais, buscar a devida organização da equipe, a compreensão de que a precificação dos honorários está diretamente conectada à prestação do serviço, pois de nada adianta valorizar a precificação se não consigo apresentar um trabalho qualificado e especializado. Assim, desenvolver a mudança de comportamento não é um trabalho fácil e muito menos simples, proporcionar integração, desenvolver responsabilidades são os maiores desafios da gestão.
Suponho que daqui 10 anos a evolução tecnológica irá contribuir e muito para celeridade processual. Todavia, tenho a convicção de que outros desafios surgirão, para além da tecnologia, como por exemplo, uma a alta oferta de advogados perante uma futura demanda jurídica que nos é desconhecida.