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30 de setembro de 2019

Mas afinal, o que significa ser um bom gestor? Quando você pensa em um bom gestor, que tipo de pessoa você imagina? Como é possível ser um bom gestor?

Tem se discutido muito hoje a importância de exercer cada vez mais a gestão e menos a chefia. Neste artigo irei considerar exatamente o que podemos fazer para melhorar nossos hábitos de gestão.

Recentemente fiz uma pergunta para algumas pessoas que participaram de um processo seletivo para uma vaga em um grande escritório de advocacia sobre o que elas esperavam de um gestor? E as respostas compartilho contigo:

“O bom gestor é aquele que trabalha junto e toma a iniciativa”. (F.B.G.)

“É aquele que é compreensível e tem pulso firme”. (A.C.S.R.C.)

“Uma pessoa que seja eficiente e que seja capaz de ensinar outros, através das atitudes”. (J.S.F.)

Independente se essas pessoas acima saibam o que é ser um bom gestor ou não, elas sabem muito bem o que querem de um líder. Se torna muito mais fácil seguir alguém por sentir confiança e prazer em obedecer, do que fazer as coisas por receio de ser chamado a atenção ou sentir certo medo de ser dispensado.

Exemplos de gestores

Quando pensamos em gestores que atingiram seus objetivos, podemos pensar em Steve Jobs (fundador da Apple), Ralph Lauren (Ralph Lauren Corporation), Luiza Trajano (Magazine Luiza) entre outros nomes, mas sabe o que todos eles fizeram em comum? Primeiro, eles trabalharam em organizações. Para te ajudar a entender, organização é um conjunto de pessoas que combinam esforços individuais e em equipe com a finalidade de realizar propósitos coletivos. Em segundo lugar, os gestores são os responsáveis pela supervisão do uso de recursos humanos e recursos materiais para atingir seus objetivos.

– Ah! Mas não tem nem como comparar o meu escritório com essas grandes corporações!

– Na verdade, tem sim! Eu explico na sequência.

Apple – ideia genial, desenvolvimento turbulento

Steve Jobs em 1976, vendeu sua van Volkswagen e seu sócio (Steve Wosniak) vendeu suas calculadoras programáveis para conseguirem dinheiro, com o objetivo de investirem na construção de uma placa de circuito de computador na garagem de Steve. O resultado foi que depois de muito trabalho e esforço, nove anos mais tarde, as vendas da Apple já eram de quase U$ 2 bilhões.  Infelizmente nem tudo era um mar de rosas…

Jobs, possuía um estilo gerencial agressivo, tanto que isso o colocou em conflito com outros gerentes. Principalmente com John Sculley (CEO da Apple). Os colaboradores já não sabiam quem estava conduzindo a empresa, se era Jobs ou Sculley. Ambos ficavam tão ocupados competindo pelo controle da Apple que não tinham energia para monitorar se os recursos da empresa estavam sendo usados eficientemente. Pouca atenção estava sendo dada para avaliar o desempenho das equipes de projeto. E não havia nem mesmo um orçamento para restringir os gastos das equipes com pesquisa e desenvolvimento.

Sabe qual foi o resultado?

Os custos da Apple começaram a disparar e o lucro e desempenho começaram a cair. Foi neste momento que o conselho de diretoria da Apple convenceu-se que o estilo gerencial de Jobs era o ponto central do problema. E, por fim, em 1985, Jobs saiu da empresa.

Tudo tem um começo

As grandes corporações nunca começaram grandes, os grandes escritórios também. Tudo começou do zero!

No início somente os sócios faziam tudo funcionar. Somente depois de um tempo se contratava uma secretária (isso quando não era o próprio sócio que atendia as ligações e os clientes que chegavam no escritório). Depois um estagiário, depois mais um advogado. Na sequência uma pessoa para cuidar do administrativo (que na verdade fazia de tudo e mais um pouco). Depois mais um advogado e mais um estagiário… Nesta altura, os problemas também só se acumulavam… criando o que nós podemos chamar de efeito bola de neve (um assunto bem prático por sinal. Falarei mais sobre isso no meu próximo artigo! Faça parte de nossa lista vip para receber as novidades em primeira mão!).

Note que neste exemplo, em momento nenhum falamos que o escritório contratou um gestor ou uma equipe especializada para coordenar os procedimentos operacionais. E afinal quem se torna o gestor? Te dou uma chance… Isso mesmo, os sócios!

Aqui conseguimos estabelecer uma correlação com o tema principal deste artigo: Como é possível sermos bons gestores?

Não quero entrar no mérito de procedimentos ou nas várias atividades que um gestor precisa cuidar, e sim nas características que um gestor deve desenvolver. É necessário muito esforço e empenho para que todos combinem esforços e trabalhem com um único propósito.

A receita mágica para um bom gestor

Da mesma forma como uma receita nem sempre terá o mesmo sabor, por mais que usemos os mesmos ingredientes, assim posso destacar que não existe uma receita secreta para formar um bom gestor, porém incluo alguns itens que acredito que fazem a diferença:

  • Comunicação.Quando dizem que a comunicação é a alma do negócio, posso acrescentar que a comunicação é a peça chave para o sucesso de um líder. Seja a comunicação vertical descendente, quando a comunicação é de cima para baixo (do líder para seus liderados) ou a comunicação vertical ascendente que é a comunicação de baixo para cima (dos liderados para o líder).

Quando abordo este tópico, reforço a necessidade de que a comunicação deve ser clara, objetiva e transparente. No início, nem sempre é fácil as pessoas, principalmente os que são liderados, se abrirem com naturalidade. Um sábio rei no passado escreveu: “Os pensamentos do coração de um homem são como águas profundas, mas o homem de discernimento os puxa para fora.”

É importante que um gestor ou líder cultive interesse sincero pelo outros. Esteja atento as dificuldades, ofereça e seja a ajuda necessária para quem de fato precisa! Neste aspecto ainda podemos incluir a importância do feedback. O retorno dado a equipe, dará ainda mais segurança para os profissionais e permitirá que a relação entre todos se torne cada vez mais estreita.

Se for necessário elogiar, elogie! Se for necessário corrigir algum procedimento falho, faça isso sem demora! O importante é que exista o devido equilíbrio para tratar de cada caso.

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Alguns ‘chefes’, só chamam os seus colaboradores, quando há necessidade de cobrar algo ou de aplicar alguma disciplina. Isso é extremamente errado! Isso só distancia as pessoas. Isso só gera medo! Pergunto: É esse sentimento que você quer que seus colaboradores tenham de você?

Outro item ainda dentro da comunicação que ressalto é a transparência. É claro que nem todos os assuntos ou decisões tomadas pela diretoria ou pelos próprios gestores, devem ser abertas aos demais colaboradores, porém é importante que um bom líder antecipe aonde quer chegar ou o que espera de todos. Quando as informações não são transparentes, gera dúvidas e por sua vez, gerará desconfiança.

  • Ser um exemplo.Não adianta só falar, é preciso agir! Neste quesito o bom gestor precisa exercer a dianteira em diversas atividades, sempre com a devida excelência. A pessoa que ocupa esta posição, deve motivar a equipe a se inspirar tanto através das suas ações, como através do seu comportamento. Pode ser que um bom gestor não tenha todas as respostas, mas sabe exatamente como encontrar e sabe também delegar as tarefas de maneira com que cada um chegue à excelência. Nem sempre é fácil ser sempre o bom exemplo. Por isso é necessário desenvolver a gestão integral, isto é, defender a ideia de primeiramente ser gestor de si próprio em todos os âmbitos. Um gestor integral, sabe exatamente como e quando dar conselhos ou sugestões práticas para correção de alguma falha.
  • Incentiva o crescimento alheio. Em uma época extremamente competitiva, alguns profissionais têm receio de que outros ultrapassem seus conhecimentos, querem sempre se mostrar superiores aos outros. Lembra o que Jobs e Sculley fizeram? Os dois queriam mostrar aos demais colaboradores quem mandava mais, isso só causou confusão para todos. O bom gestor faz de tudo para que os demais aumentem os seus conhecimentos. Seja por designarem mais atividades, a fim de obterem mais experiência ou por estimular outros ao autoconhecimento. Quanto mais atividades estiverem delegadas a outras pessoas, menos centralizador o gestor será. Faça um teste rápido: Se você precisar se ausentar do escritório, quantas ligações por dia receberá para opinar, decidir ou explicar algo?

Caro leitor, confesso que poderia escrever um livro sobre esse assunto (não é uma má ideia), de tantas coisas que ainda posso destacar sobre o que fazer para ser um bom gestor, porém a cereja no bolo é forme pessoas fortes, pois assim você formará equipes fortes!

Hoje, nenhuma faculdade ensinará a como criar bom gestores, mas você não está só! Tenho uma equipe altamente experiente que pode ajudar você a se tornar um excelente gestor! Estamos a disposição para conversarmos mais a respeito!

Agradeço muito a companhia nesta leitura e te aguardo em breve!

Sobre o autor

Jorge é mentor de Finanças na Éos. Administrador, especialista em finanças de escritórios de advocacia. Empreendedor, sócio fundador da ÉOS Inovação na Advocacia. Atua como planejador financeiro pessoal e coach financeiro.

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